Mohammad al-Adnani, porta-voz do Estado Islâmico
Os extremistas do Estado Islâmico fizeram uma convocação aos
muçulmanos de todo o mundo para que persigam os cristãos de forma
ininterrupta. A mensagem, destinada aos simpatizantes do terrorismo
religioso, foi entregue em tom de ameaça aos seguidores de Jesus Cristo.
Mohammad al-Adnani, porta-voz do grupo terrorista, disse que as ações
perpetradas pelos muçulmanos nos países do Oriente Médio e em Paris, na
França, são apenas o começo da perseguição.
“Pedimos aos muçulmanos da Europa e do Ocidente infiel que ataquem em
todos os lugares […] Nós prometemos aos cristãos que eles continuarão
vivendo em estado de alerta, de terror, de medo e de insegurança […]
Vocês ainda não viram nada”, afirmou al-Adnani, de acordo com
informações do jornal Correio do Povo.
A promessa de perseguição não se resume aos cristãos: o Estado
Islâmico tem como uma de suas bandeiras a aniquilação de Israel, ideia
que é compartilhada por outros grupos islâmicos, e que já recebeu
demonstrações de simpatia de governantes de países como o Irã, por
exemplo.
Em outubro de 2014, o Estado Islâmico se referiu aos fiéis em Jesus
Cristo como seus maiores inimigos, e orienta aos muçulmanos que usem
todas as ferramentas à disposição para matar cristãos: “Quebre a cabeça
deles com uma pedra, ou mate-os com uma faca, ou atropele-os com seu
carro, ou derrube-os de um lugar alto, ou sufoque-os, ou envenene-os…
Você pode destruir tanto seu sangue quanto sua riqueza”, sugere um dos
vídeos publicados pelos terroristas.
Reféns
O assassinato de reféns em frente às câmeras vem se tornando uma das
principais características do grupo terrorista, que demonstra uma certa
preferência por jornalistas.
Em agosto do ano passado, o jornalista norte-americano James Foley
foi decapitado em frente às câmeras, após ser obrigado a ler um
comunicado dos terroristas. No começo de janeiro deste ano, muçulmanos
simpatizantes do Estado Islâmico perpetraram um ataque à sede do jornal
semanal francês Charlie Hebdo, dizendo ser uma “vingança” às charges de
Maomé feitas pelo periódico.
Agora, o jornalista japonês Kenji Goto, convertido ao cristianismo,
está sob ameaça de morte caso o governo japonês não obriga a Jordânia a
libertar uma terrorista presa. Caso as exigências do Estado Islâmico não
sejam atendidas, a execução de Goto está marcada para hoje, 28 de
janeiro.
Dilma
Mesmo nesse cenário de barbárie, a presidente Dilma Rousseff (PT)
defendeu o diálogo com o grupo terrorista durante seu discurso na
abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no último mês de
setembro.
A postura da presidente (que governa um país de ampla maioria cristã)
foi duramente criticada por outros chefes de Estado, lideranças
religiosas no Brasil e também por muitos jornalistas.
Fonte: Gospelmais